/ Amor

10mar

Tinder e relacionamentos líquidos

Postado por às em Amor, Relacionamento

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Todo mundo sabe que eu voltei para o ~mercado~ e obviamente baixei de novo o Tinder, famoso app de namoro, mas eu não me lembrava de como era usá-lo no sentido de  todo o processo de conhecer uma nova pessoa, de se sujeitar ao X e <3 e depois aquele começo de conversa que é sempre meio constrangedor.

Percebi que existem algumas fases e estigmas que determinam a ~relação~ como por exemplo quem puxa conversa primeiro, já começa “perdendo” o jogo e sendo responsável por manter a conversa, manter o conteúdo/interesse. A maioria dos caras começa com aquele papo de: “o que vc faz? Onde trabalha? Gosta de viajar? Bla bla blá. Poucos realmente tentar uma abordagem diferente.

Ai você dá match com um cara que tem um papo diferente, que não tem apenas duzentas fotos de viagem – Hellou! Todo mundo hoje em dia viaja, cara, não precisa ostentar sua viagem pra europa ou beijando os golfinhos, isso já está batido, tente ser mais original que isso! Voltando ao tema, você vai se empolgando com os valores, ideais e já mudam de plataforma, vão para o whatsapp.

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Se depois de uma semana no máximo de conversa vocês não se encontrarem, é batata! Vai esfriar. Mas vocês seguiram a “regra” de se encontrar logo no começo, bate uma química legal, rola uns beijinhos e tal, vocês seguem, rola um segundo encontro, altos papos. Um dia do nada, você repara que a frequência de conversa diminui, ou nem existe mais. Cadê aquela empolgação? Aquelas conversas até de madrugada?

Você segue a vida e fica pensando, o que será que aconteceu? Será que existem muitas opções? Os dois se curtiram, se conversaram pós encontro, mas mesmo assim um dos lados sumiu. Pode ser só falta de real interesse, falta de química onde só um lado achou que rolou, ou pode ser uma porrada de outras coisas. A gente nunca descobre, ou descobre tempos depois.

Esse relato é uma síntese do que anda acontecendo com uma grande parte de mulheres e homens com quem tenho conversado, eu observo que há muita disponibilidade, mas em certo momento isso se perde, é como se fosse muito vazio tudo isso, como se o grande leque de opções estivesse aberto e no final nenhuma das opções preenche a sua necessidade e você segue para o próximo match, em busca da próxima conversa.

Penso, o que está acontecendo com os relacionamentos hoje em dia? O que as pessoas querem? Por que as pessoas mascaram suas reais vontades? Por que precisamos fazer jogos?

Fica o questionamento: os relacionamentos estão se tornando micro-relacionamentos? Não há real disponibilidade? O que está acontecendo?

07mar

Love e o amor não correspondido

Postado por às em a vida como ela é, Amor, Séries

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[Você pode ler esse texto ao som de Love Yourself, do Justin Bieber  ♫]

Nesse final de semana terminei de assistir a série Love, da Netflix. Fiquei com vontade de ver pelo trailer que era super bonitinho e tinha uma pegada legal, tipo era divertido. Pensei, vamos lá. Série foi criada Judd Apatow com roteiro do próprio e de Paul Rust, que é protagonista da série ao lado da ótima Gillian Jacobs. Para quem não conhece, Judd Apatow é super ligado à comédia, porém seus trabalhos sempre tem um toque melancólico, mostrando um pouco da realidade da nossa geração, principalmente da geração daqueles que já passaram dos 30 anos. Entre seus trabalhos estão os filmes Missão Madrinha de Casamento, Mesmo Se Nada Der Certo e até alguns episódios da série Girls. O cara é bom.

Comecei a ver a série esperando uma pegada mais cômica e fofinha, porém fui levado para um ambiente diferente e ao mesmo tempo super igual a tudo que eu já havia vivido, tanto que essa semana fiz um post em meu Facebook fazendo um resumo da série e comparando com as coisas da vida, pois a série é o retrato dos nossos relacionamentos de hoje em dia: quero você, você não me quer, quanto te quero você não quer mais.

A série Love, da Netflix, é tipo a vida. É mais ou menos assim:Te quero quando você não me quer.Você me quer quando não te quero.Ai eu te quero quando você não quer.E então você quer quando não te quero…

Publicado por Jader Araújo em Domingo, 6 de março de 2016

Fiz esse post antes mesmo de terminar de assistir a série, pois já estava completamente dentro do espírito e me via muito nos personagens Gus e Mickey. Eles acabaram de sair de relacionamentos problemáticos (ela estava com um viciado e estava quase se tornando uma e ele morava com uma garota manipuladora e não era correspondido) e se conhecem por acaso num mercado de posto de gasolina. A dupla não se apaixona a primeira vista, porém Gus vê em Mickey uma mulher louca e divertida, além de linda, e ela vê um nerd que pode ser legal passar um tempo (como amigo), mas paixão ali não existe. Até que ela decide dar uma chance para que ele entre em sua vida. Rola sexo, rola beijos, encontros e eles começam a se conhecer. Nesse momento que fiz um paralelo com a vida e os relacionamentos.

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Enquanto Mickey decide dar uma chance para que Gus entre em sua vida, ele começa a perceber que sua vida é muito mais ampla e pode ser muito mais divertida do que estar apenas ao lado dela. Eles são diferentes, tem visões diferentes sobre a vida e gostam de coisas completamente distintas.

No começo de tudo eu me vi no Gus, o cara deslocado que sonha em escrever seus roteiros e encontrar alguém legal para se apaixonar, mas depois eu estava no lugar de Mickey, uma garota que mete os pés pelas mãos e acaba fodendo tudo, incluindo o relacionamento com ele. Ela é um tanto descontrolada e não sabe agir quando não está ganhando o jogo, assim acaba colocando tudo a perder. Quem nunca? Eu sempre.

A série é divertida em muitas partes, a gente consegue tirar uns sorrisos e, além disso, dar algumas gargalhadas, mas ao mesmo tempo ela consegue dar aquele toque na gente e nos deixar com aquele aperto. Love mostra que nossas escolhas nos levam a diferentes lugares, nossas tentativas de “deixar com que tudo fique bem” podem ser frustradas, podem dar errado e podem deixar tudo pior do que estava.

Eu tive raiva da Mickey, odiei o Gus e me apaixonei pelos dois ao mesmo tempo. Eles são iguais a mim, eles têm medo de tentar, medo de errar e ao mesmo tempo se jogam com tudo naquilo que acreditam que pode dar certo e se ferram.

A série Love é uma caricatura da geração que hoje tem 30 anos e ainda não sabe o que está fazendo da vida. Tipo eu.

02mar

Pra você guardei o amor

Postado por às em a vida como ela é, Amor, Música
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Ethan Hawke e Julie Delpy em cena do filme Antes da Meia-Noite, de 2013

[Você pode ler esse texto ao som de Por Onde Andei, do Nando Reis ♫]

Sempre temos uma música para certos momentos da vida, não é? A música feliz da balada com os amigos (aquela “nossa música”), aquela canção triste da Adele que marca o fim de algo ou aquela feliz que fala com a gente e nos faz pensar em coisas boas e gostosas. Eu tenho várias músicas e o melhor disso tudo é que elas marcam momentos da minha vida, fases e sempre que as escuto volto no passado e me pego dando pequenos sorrisos.

Mas tem aquela música que é diferente, aquela que faz você ter fé no amor e na vida, que te deixa sonhando acordado e te faz corar de tanta felicidade. Bobo isso, né? Mas é tão real. Esses dias eu me peguei escutando Nando de Reis de novo, sempre vai e volta esse meu amor pelas canções desse ruivo, e me lembrei de que quando era mais jovem e escutava aquele refrão:

“Pra você guardei o amor que nunca soube dar. O amor que tive e vi sem me deixar, sentir sem conseguir provar…” .

E pensava no amor, no meu grande amor, aquele que ainda não aconteceu, aquele que deve chegar e fazer com que tudo faça sentido. Eu era mais jovem e fantasiava isso de um modo que tão fofo, era meio bobo mas tão bonito ao mesmo tempo.

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Quando me lembrei dessa ligação que sempre fiz entre Nando Reis e amor, pensei em você. Não sei se voltei alguns anos e me peguei pensando no amor romântico como quando era mais jovem, mas eu pensei em ti. Ao mesmo tempo em que fiquei meio louco com a conclusão desse sentimento, eu sorri. Aquele moço mais jovem que sonhava em descobrir o amor que via nas letras de Nando Reis, havia descoberto esse amor fora delas.

É estranho finalmente você sentir algo que você achava que não sentiria, que você acreditava que viveria apenas no imaginário, apenas ao escutar uma música.

Tem outra música que me faz lembrar muito desse sentimento chamado amor. Tenerife Sea, do também ruivo Ed Sheeran – que já foi tema de post aqui no blog – é uma música que traduz muito bem o sentimento do amor. Tanto que já cheguei a falar que gostaria de amar alguém como amo essa música. Hoje, não sei se faria essa comparação de um sentimento com uma canção, mas ela meio que traduz o que é o amor pra mim. Tipo, aceitar as imperfeições do ser que você ama.

A loucura de tudo isso é chegar a conclusão que eu possa realmente estar sentindo aquilo que as músicas do Nando Reis me faziam acreditar que sentiria, que aquele sentimento finalmente chegou a mim. Pois se eu penso em você enquanto escuto Nando Reis, é por algum motivo.

01mar

Eu não te amo mais

Postado por às em Amor, Relacionamento

eu não te amo mais

Ontem eu estava ouvindo a música Photograph do ruivinho Ed Sheeran e parei pra pensar no significado daquela letra, automaticamente fiz um paralelo entre nossa relação e agora, após certo distanciamento, posso dizer que eu não te amo mais.

Fuçando nos meus arquivos no google drive eu repassei nossas fotos, vários momentos legais, bonitos e fofinhos, eu apenas senti uma alegria e certa estranheza por não ser mais o que representava antes, acho que como diz a letra em tradução “Nós mantemos este amor numa fotografia” e “criamos memórias para nós mesmos”, não fazendo mais sentido como um casal.

O fato de não te amar mais não significa que não amei e que não te quero bem, eu desejo o melhor e o mais bonito para você, que sua vida siga e que você encontre o amor que talvez não tenha encontrado comigo.

Eu irei sempre lembrar dos momentos e risadas, dos dias que protagonizamos aventuras que serão pra sempre nosso segredo e quero olhar pra aquelas fotos e pensar em quanto você me fez bem e no quanto eu também pude lhe acrescentar.

Mas é fato, precisamos mover, seguir em frente e encontrar uma nova forma de viver o amor, hora de me encontrar comigo, no meu íntimo e ter certeza do que eu sou e o que eu quero, para quem sabe viver algo bom novamente, assim como você.

Eu não te amo mais, aquele amor romântico, mas você estará sempre em minha memória como uma das melhores fases da minha vida, um momento de felicidade e descoberta.

18fev

Quando você voltar

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Ryan Gosling e Rachel McAdams em cena de O Diário de uma Paixão, de 2004

[Você pode ler esse texto ao som de Se Ela Voltar, do Silva]

Você chegou e saiu da minha vida muitas vezes que até perdi a conta. Até ficaram naturais os nossos desentendimentos, a nossa falta de vontade de tentar. Mas depois tudo mudava e lá estávamos nós fazendo planos juntos e tentando continuar com aquela parceria que conhecemos bem. Era fácil ter você por perto, era difícil ficar longe, mas ao mesmo tempo era sadia essa separação, era racional.

Ainda não sei se você partiu, se vai voltar ou só está pensando em como seriam as coisas se não ficássemos juntos, a única coisa que eu sei é que ficarei parado apenas observando esse caminhar das nossas vidas. Não vou te ligar ou pedir que você fique, não farei dramas tentando te reconquistar. Mas continuarei aqui.

Estarei aqui esperando ouvir o barulho do portão, esperando aquela notificação de mensagem no celular, aguardando você tocar a campainha e me dar um sorriso quando eu abrir a porta. E isso não é um jogo, eu não quero jogar com você ou te deixar sozinho para que volte, eu só quero dar meu tempo e me deixar bem. Pois eu preciso pensar em como seria minha vida sem você e imaginar que isso seria bom.

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Você pode pensar que isso faz parte do meu orgulho ou daquele medo de tentar, mas quando o assunto é você eu não tenho nenhum dos dois. Deixo meu orgulho de lado e todo medo vai embora, pois eu tenho certeza do que quero, mas enquanto você não tem essa certeza eu não posso fazer nada… A não ser esperar. E eu estou aqui, esperando.

Talvez um dia eu não queira mais esperar e você não volte, isso pode acontecer. Não sei se seria triste, pois outras coisas aconteceriam e colocariam outros pensamentos em nossa cabeça, outras pessoas em nossas vidas. Mas talvez você volte e mostre que esse sentimento que temos é algo maior do que apenas uma amizade. E olha que somos bons amigos.

Quando você voltar eu darei um sorriso largo e abrirei meus braços pra te encaixar em mim, pra fazer de nós dois um só por aquele momento. Quando você voltar eu vou rir das suas piadas bobas que ninguém acha graça, olharei pra você e direi aquelas palavras. Mas se você não voltar, eu não farei nada.

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