/ segunda chance

31jul

As bagagens que carregamos

Postado por às em Amor, Eu Você e Eles, Relacionamento
500diascomela

Zooey Deschanel e Joseph Gordon-Levitt em imagem de (500) Dias com Ela, filme de 2009

[Você pode ler esse texto ao som da música Waste of Time, da MØ ♫]

Durante nossa vida adulta conhecemos várias pessoas, algumas passam por nós pois precisam de alguma ajuda, outras passam para nos ajudar. E quando você olha para trás e analisa todos seus relacionamentos encontrará aqueles que te ajudaram, aqueles que você ajudou e também aquela parcela que não esteve em nenhum dos dois lados.

Não sei vocês, mas eu tenho bagagens de todos meus relacionamentos anteriores e as carrego comigo. Algumas são muito boas e me ajudam, outras são ruins, mas também ajudam. Elas servem para isso, fazer com que nossas escolhas sejam mais assertivas, pois se já passamos por determinada situação já sabemos lidar com ela. Assim as bagagens servem para que a cada dia possamos errar menos e se errarmos, elas nos ajudarão a sofrer menos e virar a página.

Eu já fiz escolhas baseadas em meus relacionamentos anteriores e até já defini algumas coisas que não quero viver novamente. Sim, eu fiz escolhas a partir das minhas experiências amorosas e levo-as muito a sério, só que às vezes um pouco sério de demais.

O que eu quero dividir com vocês hoje é que eu defini “meus termos” e me policio sempre, não quero deixar que uma pessoa que não se enquadre nesses termos entre na minha vida e me traga de volta as mesmas bagagens ruins que já carreguei. É algo que combinei comigo mesmo e tenho seguido. Pode ser burrice comparar algo do passado com algo do presente? Pode. Mas são coisas que eu não gostaria de lidar.

Eu não sei o quanto erro fazendo isso, o quanto do passado tem voltado para atrapalhar o meu presente, mas acredito que quanto mais velho ficamos (e experientes) mais conseguimos lidar com as coisas e ganhamos mais poder de decisão sobre as nossas escolhas. Porém, apesar de achar que não podemos ficar tristes por escolhas que nós mesmos fizemos, eu ainda fico.

Fiz uma escolha baseada num relacionamento anterior e nada me fará muda-la, sabe? Porém essa escolha fez com que uma pessoa fosse embora da minha vida de um jeito ruim, eu me neguei a ajuda-la. Disse “não” sobre ser a ponte que ela precisava para um problema que eu já tinha vivido em um relacionamento anterior e hoje penso que eu poderia ter tentado.

Eu não queria viver os problemas que já vivi e eu fiz uma escolha: não seria mais a ponte. Nesse caso eu fui exatamente quem eu queria ser e quem eu prometi que seria. Eu cumpri minha promessa e agora estou triste por não ter ajudado uma pessoa que precisava de mim. Estranho a vida né?

Acredito que continuarei cumprindo minha promessa e não sendo mais a ponte, até o dia que não precisarei mais.

A Taína já falou desse assunto aqui no blog também, sobre os medos do passado.

Esse texto faz parte do projeto “Eu, Você e Eles”.

08jun

E o segundo encontro não acontece

Postado por às em Amor, Eu Você e Eles, Relacionamento

 

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Anton Yelchin e Felicity Jones em Loucamente Apaixonados, de 2012

[Você pode ler esse texto ao som de Second Chances do Imagine Dragons ♫]

Nos encontramos no bar, flertarmos e nos beijamos, foi legal conhecer além dos aplicativos. É diferente falar com a pessoa e descobrir como ela age, como ela fica sem jeito quando recebe um elogio ou quando é encarada por mais de 5 segundos. Um primeiro encontro é isso, é simples assim.

No primeiro encontro existe aquela excitação em tudo. Até o olhar excita! Aquele toque sem querer dar mãos, o primeiro beijo, o olhar depois do primeiro beijo… É como se estivéssemos nus e fôssemos observados pelos olhos atentos do interessado. Você está tenso, mas você gosta disso.

Lembro de alguns primeiros encontros que me deixaram bem mais interessado pela outra pessoa, alguns que me deixaram completamente desinteressado e outros que me fizeram pensar que havia encontrado uma nova amizade, tipo aquela pessoa que você quer por perto mas não deseja.

Antes de um primeiro encontro ficamos com aquele frio na barriga, pensando se vamos agradar ou não, se seremos agradados e como vamos agir caso o outro tenha mau hálito. Vários pensamentos (bobos e sérios) invadem nossa mente criativa, tentando – em vão – tecer saídas para todas as possibilidades, para o certo ou errado…

E quanto acaba são outros sentimentos que tomam conta. Pensamos que não podemos ser os primeiros a enviar mensagens, por que “se o outro está interessado, ele que escreva” ou “não posso mostrar que estou mais interessado” e os jogos começam. E quando estamos falando de um jogo, estamos falando que deve existir um ganhador e um perdedor e isso faz com que não exista um segundo encontro.

Você já conhece o outro, gostou de estar com ele, pensa que poderia passar dos beijos, que poderia convidá-lo para uma bebida e passar a noite juntos, mas você não faz. E o outro não faz. E ninguém mais faz.

E o segundo encontro não acontece.

Também né? Vou perder meu tempo com algo que pode durar pouco? Vou me doar por alguém que mal conheço? Vou tentar entrar num relacionamento sendo que sou um fracasso? Por que eu faria isso?

E o segundo encontro não acontece.

Você nunca sabe onde errou. Pergunta para si mesmo qual o motivo e aí a tensão volta. Mesmo assim você não faz nada. Você espera ou parte pra outra. Olha o contato no Whatssap e pensa “poderia mandar um oi”, mas volta atrás.

E o segundo encontro não acontece.

*Este texto faz parte do projeto “Eu, Você e Eles“.

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